Nem lírica, nem satírica.

Hoje me deparei com a minha raiva. A pior de todas: aquela que vem do fundo da alma e que lá estava há milênios – somatória de várias pequenas raivas cotidianas.

A raiva do estúpido que estaca no meio da porta do ônibus ou metrô atrapalhando a migalha de direito democrático de ir e vir!

A raiva dos incontáveis imbecis que jogam todo seu lixo (material, oral e mental) ao seu redor, não importando onde estão – lixo esse que nos inunda de chuvas, de merda, de morte!

A raiva dos folgados que descansam sua falta de compromisso nos ombros dos engajados na vida!

A raiva do Big Brother Brasil que alimenta a falta do que fazer dos inúteis!

A raiva de mim mesma, que não consigo passar ilesa por esse transbordo!