Guerra e Paz

Leon Tolstoi foi, antes de tudo, um excelente observador e um filósofo. A capacidade de escrever com maestria permitiu a criação da impressionante obra "Guerra e Paz".
Sua leitura muito me surpreendeu, pois além de traçar um panorama riquíssimo em detalhes da sociedade russa do início do século XIX e da campanha Napoleônica, os personagens Pierre, Natacha, o Príncipe Andriei e tantos outros são um pretexto para o autor expor suas opiniões sobre determinismo (ou fatalidade) e a incapacidade humana de mudar os acontecimentos.
Imperdível!

2 comentários:

  1. O velho Leon Tolstoi fugiu de casa aos oitenta anos
    E foi morrer na gare de Astapovo!
    Com certeza sentou-se a um velho banco,
    Um desses velhos bancos lustrosos pelo uso
    Que existem em todas as estaçõezinhas pobres do mundo,
    Contra uma parede nua...
    Sentou-se e sorriu amargamente
    Pensando que
    Em toda a sua vida
    Apenas restava de seu a Glária,
    Esse irrisório chocalho cheio de guizos e fitinhas
    Coloridas
    Nas mãos esclerosadas de um caduco!
    E então a Morte,
    Ao vê-lo sozinho à quela hora,
    Julgou que ele estivesse ali à sua espera,
    Quando apenas sentara para descansar um pouco!
    A morte chegou na sua locomotiva
    (Ela sempre chega pontualmente na hora incerta...)
    Mas talvez não pensou em nada disso, o grande Velho,
    E quem sabe se até não morreu feliz: ele fugiu...
    Ele fugiu de casa...
    Ele fugiu de casa aos oitenta anos de idade...
    Não são todos que realizam os velhos sonhos de infância!

    Mário Quintana

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  2. Mário Quintana é fantástico!
    que sensibilidade.

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